O Céu e o inferno: 150 anos

“O título desta obra indica claramente o seu objetivo. Neta reunimos todos os elementos destinados a esclerecer o homem quanto ao seu destino”.
– Allan Kardec

Em 15 de abril de 1860, um médium citado por Allan Kardec como Sr. Georges Genouillat recebeu pela escrita psicográfica, na cidade de Marselha (França), mensagem de autoria de Um Espírito, intitulada Futuro do Espiritismo. A comunicação foi encaminhada ao codificador, conforme suas anotações pessoais no manuscrito por ele composto e integrantes do Livro das Previsões Relativas ao Espiritismo, por um senhor chamado Brion Dorgeval. No texto, a entidade comunicante enfatiza que “O Espiritismo é chamado a desempenhar imenso papel na Terra” e que “Ele reformará a legislação ainda tantas vezes contrária às Leis divinas; retificará os erros da História; restaurará a religião do Cristo […]”.

Esse prognóstico da missão do Espiritismo, cujas ensinamentos, transmitidos pelos Espíritos, iluminam e possibilitam a genuína interpretação das Leis de Deus, daí a sua substância reveladora, começou a ser consolidado a partir do lançamento de O Livro dos Espíritos, por Allan Kardec, em abril de 1857, máxime com o conteúdo de sua arte terceira, Das leis morais.

Posteriormentem, a terceira obra da Codificação espírita, O Evangelho Segundo o Espiritismo, originalmente publicada em outro mês de abril, no ano de 1864, sob o título Imitação do evangelho segundo o espiritismo, teria a iniciativa de sua elaboração saudada, entusiasticamente, pelos Espíritos que orientavam Allan Kardec, em reunião realizada a 9 de agosto de 1863, atuando como médium o Sr. d’A…, os quais lhe afirmam:

“Esse livro doutrinário terá considerável influência, pois que explanas questões capitais, e não só o mundo religioso encontrará nele as máximas que lhe são necessárias, como também a vida prática das nações haurirá dele instruções excelentes. […]”

FONTE: Revista O Reformador| fevereiro 2015| ano 133| nº 2.231| p.18 e 19.