O GUIA ESPIRITUAL
Em 25 de março de 1856, na casa do Sr. Baudin, através da médium Srta. Baudin, Alan Kardec teve pela primeira vez contato com o seu guia espiritual. Dias antes ouviu batidas noturnas repetitivas no tabique que separava sua casa, situada à Rua dos Mártires, 8, 2ª andar, do cômodo vizinho. Na sessão daquele dia, então, travou-se a seguinte entrevista:“– P. ...poderíeis dizer-me a causa dessas pancadas que se fizeram ouvir com tanta persistência (em minha casa)?R: Era teu Espírito familiar.
– P. Com que objetivo vinha bater assim?R: Queria se comunicar contigo.
– P. Poderíeis dizer-me o que é que ele queria de mim?R: Podes perguntar a ele mesmo, porque está aqui.
(...) P. – Meu Espírito familiar, quem quer que sejais, vos agradeço por terdes ido visitar-me; Poderíeis dizer-me quem sois?R: Para ti, me chamarei A Verdade, e todos os meses, aqui, durante um quarto de hora, estarei à tua disposição.(...)
Em 17 de junho de 1856, ainda na casa do Sr. Baudin e através da sua filha médium, Rivail pergunta ao Espírito (a Verdade):
“P. – Uma parte da obra já foi revista. Poderíeis ter a bondade de dizer o que dela pensais?R: – O que foi revisto está bem; mas, quando tudo acabar, será preciso revê-la ainda, a fim de estendê-la sobre certos pontos, e abreviá-la em outros.”Em 11 de setembro de 1856, também, na casa dos Baudin, depois de haver feito a leitura de alguns capítulos do futuro Livro dos Espíritos, referente às leis morais, a médium Srta. Baudin escreveu espontaneamente:
"Compreendestes bem o objetivo de teu trabalho; o plano está bem concebido; estamos contentes contigo. Continua, mas, sobretudo, quando a obra estiver terminada, lembra-te de que nós te recomendaremos fazê-la imprimir e propagá-la: é de uma utilidade geral. Estamos satisfeitos, e não te deixaremos jamais. Crê em Deus e caminha." Esta mensagem foi assinada assim: “Muitos Espíritos.”
Fonte: Obras Póstumas
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