O céu e o inferno - 150 anos -
Deolindo Amorim (1906-1984) declara que a obra O céu e o inferno tem “imediatas relações com O Livro dos Espíritos, porque trata especificamente da vida futura e das questções atinentes à justiça divina”, enfatizando, ainda, que é o livro em que se discutem os problemas teológicos à luz da Doutrina Espírita. Nessa obra, portanto, Allan Kardec evamina as questões que envolvem céu, inferno, urgatório, paraíso, anjos, demônios, penas eternas, entre outras, as quais têm suas concepções definidas pela Teologia.
Na primeira parte, desenvolvendo lúcidos e instrutivos comentários a respeito do porvir e do nada, o Codificador afirma:
“Todas as religiões admitiram igualmente o princípio da felicidade ou infelicidade da alma após a morte, ou, por outra, as penas e gozos futuros, que se resumem na doutrina do céu e do inferno encontrada em toda parte. […]”.
“[…] O Espiritismo dá coisa melhor; por isso é acolhido sem demora por todos os atormentados pela dúvida pungente da incerteza, os que não encontram nem nas crenças nem nas filosofias vulgares o que procuram. O Espiritismo tem a seu favor a lógica do racioncínio e a sanção dos fatos, e é por isso que o têm combatido em vão”.
Em seguida, apresenta com propriedade as causas do temor da morte, que tanto atormenta o ser humano, enfatiza “por que os espíritas não temem a morte”, elucidando que:
“A Doutrina Espírita modifica completamente a maneira de encarar o futuro. A ida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade. […]
[;;;] o espírita encara a sua aproximação [da morte] a sangue-frio, como quem aguarda a libertação pela porta da vida e não do nada.”
“Afinal, para onde vai a alma? Qual o nosso destino após a morte?” indaga Deolindo Amorim em sua obra Cadernos doutrinários:
O céu, o estado nirvânico, o inferno, o purgatório, a beatitude indefinida, o nada absoluto dos materialistas radicais? Tudo isso sempre causou preocupação ao homem, em todos os tempos. Os teólogos e os filósofos escreveram muito, mas não deram uma resposta satisfatória ao problema.
FONTE: Revista O Reformador| fevereiro 2015| ano 133| nº 2.231| p.20.
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