TATUAGEM E DOUTRINA ESPÍRITA
Uma dúvida bastante comum entre iniciantes é se tatuagens marcariam o perispírito (envoltório fluídico que recobre o espírito, vulgo, “corpo espiritual”). Antes de responder diretamente essa questão, é preciso dizer que tal assunto não foi abordado por Kardec. Portanto, não há uma visão espírita sobre este assunto. Entretanto, podemos inferir uma opinião com base em alguns princípios bem conhecidos no Espiritismo e tirar algumas conclusões.
Mas, por que algumas pessoas acham que fazer tatuagem marcaria o perispírito?
A ideia é que os desenhos na pele seriam retransmitidos ao perispírito por se tratar de uma agressão ao corpo físico, feita de forma voluntária. Ideia semelhante a que se encontra em muitos livros espíritas sobre o suicídio: como se o ato de acabar com a própria vida, dando um tiro na cabeça, por exemplo, destruísse também o perispírito, fazendo com que, na próxima encarnação, tal pessoa reencarnasse com problemas mentais ou coisas do tipo. Algumas obras falam até de um suposto “vale dos tatuados”…
Agora, vejamos o que diz Kardec sobre o perispírito no livro: O Principiante Espírita, item 9:
“Quando unida ao corpo, durante a vida, tem a alma um envoltório duplo: um pesado, grosseiro e destrutível – o corpo; outro leve, fluídico e indestrutível – o perispírito”.
Observem a palavra destacada acima: indestrutível. Segundo o dicionário online Priberam, indestrutível quer dizer: 1. Que não pode ser destruído. 2. Inalterável, firme. Pois bem, como algo “que não pode ser destruído, inaterável”, pode ser marcado? Imaginemos, por exemplo, uma pedra que fosse indestrutível. Ela poderia ser riscada? Não! Se é indestrutível, nada pode afetar-lhe a estrutura.
Voltemos agora a O Livro dos Espíritos, questão 91, que diz:
91. A matéria opõe obstáculo aos Espíritos?
“Nenhum; eles passam através de tudo. O ar, a terra, as águas e até mesmo o fogo lhes são igualmente acessíveis.”
Se o espírito pode passar através do fogo (que imagino ser muito mais destrutivo do que a agulha de uma máquina de tatuar) sem maiores problemas, por que um simples desenho lhe afetaria a estrutura?
Para finalizar, vamos recordar a questão 150 B, de O Livro dos Espíritos:
b) — A alma nada leva consigo deste mundo?
“Nada, a não ser a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor, lembrança cheia de doçura ou de amargor, conforme o uso que ela fez da vida. Quanto mais pura for, melhor compreenderá a futilidade do que deixa na Terra.”
Conclusão
Parece estar havendo uma inversão de valores no meio espírita que, cada dia mais, tenta materializar os processos espirituais. Por ocasião da morte, o espírito leva somente suas lembranças, conquistas ou fracassos da vida Terrena. É isto que lhe importa. Vejo longos debates de gente preocupada com simples desenhos na pele e seus futuros danos perispirituais e sempre me recordo que nossa cultura desde cedo fura a orelha das crianças do sexo feminino sem maiores problemas. Uma orelha furada é menos impactante ao perispírito do que um desenho na pele? Nem por isso se vê relato de crianças nascendo com orelhas dilaceradas, o que me leva a pensar de que tais impressões da matéria desfazem-se junto com o corpo ao morrer.
É igualmente aterrador pensar que haja quem creia que o simples fato de tatuar a pele, por qualquer porção, seja um passaporte para zonas Umbralinas de sofrimento. Então, o que nos diz a mensagem “uma realeza Terrestre”, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, não conta mais? O que importa, agora, é o “bom cuidado” que tenho com a minha pele? Dermatologistas devem adorar essa postura…
“Para preparar um lugar nesse reino são necessárias a abnegação, a humildade, a caridade, a benevolência para com todos. Não se pergunta o que fostes, que posição ocupastes, mas o bem que fizestes, as lágrimas que enxugastes”.
(O Evangelho Segundo o Espiritismo)
Fonte: http://estudoespiritualista.org
Devemos tomar muito cuidado com a interpretação que temos diante da Doutrina Espírita, doutrina consoladora que descortina o véu, nos iluminando a consciência para traçarmos, através das escolhas caminhos mais felizes. E temos por obrigação passar um conteúdo que jamais fuja da verdade.
ResponderExcluirAprendemos também na doutrina espírita que jamais devemos generalizar, cada caso é um caso, e tudo dependerá da intenção.
Fazer uma tatuagem discreta que lhe remete um sentimento positivo não pode ser visto de forma Nenhuma como uma sentença ao sofrimento eterno, pois sabemos que isso não ocorre, pois estamos o tempo todo envolvidos pela misericórdia divina, mas devemos ter consciência que toda ação praticada no corpo físico, QUE É EMPRESTADO A CADA UM DE NÓS, que gere qualquer dano físico a energia desprendida da intenção do praticante é registrada pelo perispírito, representando um verdadeiro gravador de nosso atos e pensamentos, como nos traz André Luiz no Livro Nosso lar.
Com todo respeito sugiro a leitura do presente site, para melhores esclarecimentos acerca do uso de tatuagens, pircings e outros:
http://ceismael.blogspot.com.br/2012/01/tatuagens-e-piercings-na-visao-espirita.html
A nós foi emprestado o corpo material como roupagem, devemos devolver da mesma forma... Como um trage que alugamos por alguns dias e no final do prazo devemos devolver como recebemos... Já aconteceu de você emprestar algo e receber tudo zuado que falta de respeito! O corpo é a ferramenta mais a frente da humanidade nem por isso devemos destruilo! Se queres tatuar algo faça de dentro pra fora com a sua moral preencha de atitude e amor... Por que esse sim é o mais belo e mais profundo registro de um verdadeiro guerreiro(a).
ResponderExcluirentrega virgem tbm
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