Você considera as amizades virtuais como amizades verdadeiras?
Somos
seres individuais, cada um de nós é um universo. E tudo o que
buscamos está dentro de nós mesmos. Não podemos depender de ninguém
para nossa felicidade. Mas devemos reconhecer que essa
autossuficiência toda está um pouco distante de nosso patamar evolutivo. Ainda
estamos na fase de compartilhar experiências, e mesmo que sejamos
seres individuais, não somos individualistas.
Pense
numa criança pequena numa escola ou numa festa de criança. Ela faz amizade
facilmente com outras crianças, e logo elas brincam como velhas conhecidas. Não
é só devido à pureza e espontaneidade infantis. Elas precisam dessa
interação, desse entrosamento, para se sentirem bem. Uma criança isolada nesse
contexto citado, de festinha ou escola, se fica sozinha provavelmente é
porque tem algum problema.
Não
são só as crianças que precisam de amizades. Nós também precisamos (nós
adultos. Você é adulto, não é?). Temos necessidade de compartilhar
nossos pensamentos, nossas ideias, nossos anseios. E nós vivemos um
momento privilegiado. Quem, alguns anos atrás, imaginaria o universo das
amizades virtuais? Às vezes basta uma troca de palavras, coisa de um ou dois
minutos, para mudar o dia, ou a semana, ou até um padrão de pensamentos, uma
maneira de pensar, um modo de ver a vida.
As
amizades virtuais formam uma rede de energias a que poucas
pessoas até agora deram o devido valor. As pessoas mais conservadoras
desaprovam esse tipo de relacionamento por discordarem da ausência de interação
corporal. Segundo elas, falta pele, falta toque,
falta um abraço verdadeiro. Isso tudo é bom, não há dúvida.
Estamos na carne, é claro que gostamos da proximidade e do contato físico. Mas estamos na
carne, não somos carne. Você não é seu corpo, você
é espírito imortal.
Você
sabe que o que é determinante é o pensamento, e o pensamento prescinde
do corpo… Quando estamos conectados em rede, ocorre uma poderosa
troca de energias. Você se comunica através de uma
máquina, um aparelho. Não é o aparelho que se comunica. Por trás das palavras,
das frases, das imagens, há um coração, há um ser humano conectando-se
emocionalmente.
É o
fim das amizades tradicionais? Claro que não; é exatamente o contrário.
Conhecemos mais pessoas, temos mais contatos, sabemos mais histórias,
observamos mais exemplos, aprendemos mais lições. Por isso não se descuide de
suas amizades tradicionais (me nego a dizer amizades reais, pois as amizades
virtuais também são amizades reais).
Chame o
sorriso para que frequente seus lábios com mais
assiduidade, cumprimente seus amigos com a atenção que eles merecem. Torne-se
uma pessoa melhor (me olho no espelho ao escrever isso). Não perca
a prática da simpatia, da solicitude. Conviva melhor com o seu próximo.
Faça
das amizades virtuais um laboratório para a prática cotidiana. Há muito o que
aprender em sua rede de amizades. É possível mesmo sentir a energia de
quem está do outro lado, conhecer muito mais do que é expresso por meio de
palavras e imagens. Aprenda com isso e torne-se mais observador, mais zeloso,
mais atencioso com aqueles com quem convive. Está certo?
Fonte:
http://www.espiritoimortal.com.br
Por:
Sheila Matos
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