Proibição do Suicídio?
Antes que o leitor cético conclua que a proibição
do suicídio para o Espiritismo - mesmo no caso assistido - se baseia em um
critério de autoridade, é preciso lembrar o suporte empírico que a Doutrina
Espírita apresenta ao problema. De fato, seria um critério exclusivamente de
autoridade, não dispusesse o Espiritismo de métodos e processos de demonstração
com os quais ele ilustra seus princípios. Isso diferencia bastante o
conhecimento espírita de outras tradições religiosas ou culturais. Basta ver o
Capítulo 5 de "O Céu e o Inferno" de A. Kardec para colher
informes sobre o estado futuro daqueles que cometem suicídio. Além do
sofrimento, sua maior consequência, para quem o pratica, é uma profunda
desilusão por se perceber vivo, por reconhecer a inutilidade do ato.
Não há
dúvidas de que o suicídio é uma opção. É a aplicação da "lei de
liberdade" (Questão 843 em "O Livro dos Espíritos), não há
razão para se duvidar desse direito. Mas, a decisão sobre a conveniência ou não
de um ato obviamente não pode se basear exclusivamente na
existência do direito de praticá-lo. Proponentes do suicídio assistido,
eutanásia ou do aborto justamente reduzem a questão à discussão de direitos
porque confundem progresso com liberdade irrestrita.
É fora de
dúvida que temos o direito de praticar muitos atos dentro da liberdade que
dispomos. Mas, nem todos esses atos são convenientes. Certamente, a liberdade
de se atirar do vigésimo andar de um prédio deve ser ponderada pelos
sofrimentos que colheremos como consequência da queda. Inúmeros outros exemplos
são frequentemente adiantados por médicos e especialistas em saúde quanto ao
sofrimento material do uso de drogas, de práticas ilícitas etc.
Fonte:
http://eradoespirito.blogspot.com.br
Por: Sheila Matos
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