EXTRA: "TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS!"
Alguns espíritas
recusam-se a autorizar, em vida, a doação de seus próprios
órgãos após o desencarne, alegando que Chico Xavier não era favorável aos
transplantes. Isso não é verdade! É preciso esclarecer que Chico Xavier quando
afirmou "a minha mediunidade, a minha vida, dediquei à minha
família, aos meus amigos, ao povo. A minha morte é minha. Eu tenho este
direito. Ninguém pode mexer em meu corpo; ele deve ir para a mãe Terra",
fez porque quando ainda encarnado Chico recebeu várias propostas (inoportunas)
para que seu cérebro fosse estudado após sua desencarnação. Daí o compreensível
receio de que seu corpo fosse profanado nesse sentido; depois pela sua idade,
Chico não poderia doar seus órgãos; e se pudesse, o receptor dos órgãos, talvez
fosse idolatrado.
Em entrevista à TV
Tupi em agosto de 1964, Francisco Cândido Xavier comenta que o transplante de
órgãos, na opinião dos Espíritos sábios é um problema da ciência muito
legítimo, muito natural e deve ser levado adiante. Os Espíritos, segundo Chico
Xavier - não acreditam que o transplante de órgãos seja contrário às leis
naturais. Pois é muito natural que, ao nos desvencilharmos do corpo físico,
venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que
possam utilizá-los com proveito.
A doação de órgãos
para transplantes é perfeitamente legítima. Divaldo Franco certifica: “se
a misericórdia divina nos confere uma organização física sadia, é justo e
válido, depois de nos havermos utilizado desse patrimônio, oferecê-lo, graças
as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia, aos que vieram em carência a
fim de continuarem a jornada. Não há, também, reflexos traumatizantes ou
inibidores no corpo espiritual, em contrapartida à mutilação do corpo físico. O
doador de olhos não retornará cego ao Além. Se assim fosse, que seria daqueles
que têm o corpo consumido pelo fogo ou desintegrado numa explosão?”
COMO SABER SE UMA
PESSOA ESTÁ REALMENTE MORTA PARA PODER RETIRAR O CORAÇÃO?
Marlene Nobre,
médica espírita explica: “há diferença entre morte cerebral e morte encefálica.
Na morte cerebral, ainda há uma estrutura cerebral funcionando, como o tronco
cerebral ou tronco encefálico. Neste caso, o eletroencefalograma confirma este
funcionamento. Então, este é o estado em que ficam as pessoas que estão em coma
vegetativo, quer dizer, ainda não estão mortas. Na morte encefálica, porém,
nenhuma estrutura do cérebro está em funcionamento. A morte encefálica é a
morte dos hemisférios cerebrais e do tronco encefálico onde se localizam os centros
vitais do ser humano. O médico precisa esperar a morte encefálica para fazer o
transplante. Nela o coração ainda bate, mas há completo silêncio do encéfalo.
Nenhuma estrutura do sistema nervoso dá sinal de vida. O eletroencefalograma
está plano, isoelétrico. Uma observação: Para que ocorra o transplante de
coração, este precisa estar batendo. Se ele parar não volta o funcionamento, e
não servirá para transplante. Já no transplante de rim, fígado e outros isso
não é necessário.”
E OS PROFISSIONAIS
QUE ANTECIPAM A MORTE DO DOADOR?
Se existem, estes
estão plantando, e os que doam estão aproveitando a ocasião para diminuir
débitos, caso não se revolte e queira vingar-se do assassino.
POR QUE EM ALGUNS
CASOS HÁ REJEIÇÃO?
Talvez ainda não
fosse o momento azado e sua prova ainda não tivesse acabado. Mas André Luiz
considera a rejeição como um problema claramente compreensível, pois o órgão do
corpo espiritual (perispírito) do doador está presente no receptor. O órgão
perispiritual provoca os elementos da defensiva do corpo, que os recursos
imunológicos em futuro próximo, naturalmente, vão suster ou coibir. André Luiz
explica que quando a célula é retirada da sua estrutura formadora, no corpo
humano, indo laboratorialmente para outro ambiente energético, ela perde o
comando mental que a orientava e passa, dessa forma, a individualizar-se; ao
ser implantada em outro organismo (por transplante, por exemplo), tenderá a
adaptar-se ao novo comando (espiritual) que a revitalizará e a seguir
coordenará sua trajetória.
O TRANSPLANTE NÃO
AFETA O ESPÍRITO DO DOADOR?
Os Espíritos
afirmaram a Kardec que o desligamento do corpo físico é um processo altamente
especializado e que pode demorar minutos, horas, dias, meses. Embora com a
morte física não haja mais qualquer vitalidade no corpo, ainda assim há casos
em que o Espírito, cuja vida foi toda material, sensual, fica jungido aos
despojos, pela afinidade dada por ele à matéria. Todavia, recordemos de
situação que ocorre todos os dias nas grandes cidades: a prática da necrópsia,
exigida por força da Lei, nos casos de morte violenta ou sem causa determinada:
abre-se o cadáver, da região external até o baixo ventre, expondo-se-lhe as
vísceras tóracoabdominais. Não se pode perder de vista a questão do mérito
individual. Estaria o destino dos Espíritos desencarnados à mercê da decisão
dos homens em retirar-lhes os órgãos para transplante, em cremar-lhes o corpo
ou em retalhar-lhes as vísceras por ocasião da necrópsia?! O bom senso e a
razão gritam que isso não é possível, porquanto seria admitir a justiça do
acaso e o acaso não existe! Resumindo: a doação de órgãos para transplantes não
afetará o espírito do doador, exceto se acreditarmos ser injusta a Lei de Deus
e estarmos no Orbe à deriva da Sua Vontade. Lembremos que nos Estatutos do Pai
não há espaço para a injustiça e o transplante de órgãos (façanha da ciência
humana) é valiosa oportunidade dentre tantas outras colocadas à nossa
disposição para o exercício da amor. Mas, só devemos doar se sentirmos
preparados para isso. Não podemos esquecer que se hoje somos potenciais
doadores, amanhã, poderemos ser ou nossos familiares e amigos potenciais
receptores.
Fonte: http://grupoallankardec.blogspot.com.br/
Por: Sheila Matos
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