Livro: Espiritismo e política.
A FEB editora lança livro
oportuno para o momento que estamos vivendo. Trata-se da obra Espiritismo
e política, de Aylton Paiva, cuja apresentação redigida pelo Prof. Ayrton
de Toledo, está transcrita a seguir:
Apresentação
A obra Espiritismo
e política: contribuições para a evolução do ser e da sociedade representa mais um esforço de
Aylton Guido Coimbra Paiva para conscientizar o leitor quanto à real e
crescente oportunidade de influência da Doutrina Espírita sobre a ordem social.
O texto está em concordância com os princípios fundamentais de nossa Doutrina.
Constitui uma efetiva contribuição para o estudo, a prática e a divulgação do
Espiritismo. A originalidade da obra está amparada pela publicação, em 1982, do
livro do mesmo autor intitulado Espiritismo e política, DICESP — Divulgação
Cultural Espírita S/C Editora. A linguagem utilizada é bastante simples e
clara, ao alcance da generalidade dos leitores que buscam as obras espíritas.
O autor procura demonstrar que,
“sob o aspecto filosófico, o Espiritismo tem muito a ver com a Política, já que
esta deve ser a arte de administrar a sociedade de forma justa”. Segundo ele, a
proposição espírita da lei do progresso é um intenso e profundo desafio para
que trabalhemos pela evolução intelectual e moral da humanidade. Com tal
objetivo, o espírita deve estimular a sociedade humana a fim de que haja
hábitos espiritualizados, desenvolvimento da inteligência e elaboração de leis
justas, em benefício de todos.
Existe, pois, uma inequívoca
contribuição política que o Espiritismo oferece à sociedade, a fim de que se
estruture, se organize e trabalhe alicerçada na verdade, na justiça e no amor.
Não se trata de estimular o
leitor a participar da política partidária, nem também de afirmar que o
espírita deve ou não deve participar, como membro atuante, de uma organização
política. Trata-se, simplesmente, de reconhecer o direito de que, como membro
de uma sociedade, o espírita escolha, livremente, a sua contribuição para que
as relações humanas sejam, progressivamente, melhoradas no sentido da paz, da
justiça e do amor fraternal.
Permitimo-nos recordar que
reconhecidos trabalhadores do movimento espírita desempenharam, com méritos,
atividades políticas junto aos poderes públicos. Citaremos apenas três deles:
1. Cairbar Schutel – Conhecido
como o “Bandeirante do Espiritismo”, fundador da Revista Internacional de
Espiritismo – RIE (1925), do jornal O Clarim (1905) e da editora do mesmo nome.
Na inauguração do seu Memorial ocorrida em 13 de novembro de 2013, foi feita
referência aos documentos que mostram o trabalho político/social desenvolvido
na cidade de Matão, da qual foi seu primeiro prefeito. Como um dos pioneiros do
Movimento Espírita no Brasil, Cairbar Schutel afirma, em publicação da RIE, em
1929, que “Em política, em ciência e em religião, só há um norte a seguir, a
verdade”.
2. José de Freitas Nobre –
Advogado e jornalista nascido em fortaleza. Em São Paulo, foi vereador,
vice-prefeito e eleito deputado federal, exemplificando, na política,
honestidade e retidão de caráter. Publicou três livros espíritas e foi fundador
e editor durante vinte e seis anos da Folha Espírita, jornal que circula até
nossos dias.
3. Adolfo Bezerra de Menezes –
Conhecido como o “Médico dos pobres” e como o “Kardec brasileiro”, foi
Presidente da Federação Espírita Brasileira em 1889 e de 1895 a 1900. Conheceu
o Espiritismo em 1872. Nessa época já havia iniciado sua trajetória política,
que se estendeu até 1885. Cargos ocupados: Vereador, Presidente da Câmara
Municipal da Corte e Deputado Geral, tendo sempre agido em favor da justiça e
da honestidade. Citado por Freitas Nobre em 1981, Bezerra de Menezes teria
afirmado: “Para nós, a política é a ciência de criar o bem de todos, e nesse
princípio nos firmaremos”.
Apoiado na moral evangélica e sem
comprometer-se com legendas ou organizações partidárias, o Movimento Espírita
pode contribuir, no campo das ideias, para a solução dos problemas políticos e
sociais que surgem, naturalmente, no processo da evolução planetária.
Seria oportuno, neste momento,
recordar a afirmação de Kardec no capítulo XVIII, item 25, de A gênese, obra
editada em 1868:
O Espiritismo não cria a
renovação social; a madureza da humanidade é que fará dessa renovação uma
necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas,
pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o
Espiritismo é mais apto do que qualquer outra doutrina, a secundar o movimento
de regeneração, por isso, é ele contemporâneo desse movimento.
Aylton Paiva apoia-se, como
dissemos no início desta apresentação, nos fundamentos da Doutrina Espírita,
quando enfatiza que a participação do espírita no processo político, social,
cultural e econômico deve ser consciente e responsável, tendo como diretriz os
princípios e normas contidos em O livro dos espíritos.
Visite o hotsite do livro em http://www.febeditora.com.br/espiritismoepolitica/
Fonte: http://www.febnet.org.br/blog/
Por: Sheila Matos
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