O Sentido do Natal para o Espírita:
O Natal para o Espírita representa a
comemoração do aniversário de Jesus.
O dono da festa é o Mestre, quem deve
receber os presentes e as homenagens é o aniversariante e não nós. O
aniversariante tem os seus convidados que são os pobres, os deserdados, os
coxos, os estropiados, os sofredores, etc.
Será que realmente somos convidados do
Cristo nessa festa?
Qual o presente que deveremos lhe
oferecer?
O que Ele gostaria de receber?
Sabemos que o que Ele mais quer é que
cumpramos a vontade de Deus, Nosso Pai. E todos os dias renovamos os nossos
compromissos no "Pai Nosso", dizendo: "Seja feita a Vossa
vontade"
Será que estamos fazendo a nossa parte?
Será que estamos nessa festa ou fomos
barrados?
A maioria de nós, mesmo espíritas, ainda
vemos o Natal como uma festa de consumo, reforçando o culto ao materialismo e à
materialidade, trocando presentes entre si, quando, em verdade, não somos os
homenageados, nem a festa é nossa...
Será que o Cristo se sente feliz com
isso?
A nossa reverência ao Cristo deve ser em
Espírito e Verdade apenas, buscando somente materializar a Vontade do Pai que
está em todo o Evangelho.
E como deve ser essa comemoração?
Com uma prece, uma reflexão sobre os
objetivos alcançados, com uma análise crítica interior onde possamos verificar
se os compromissos assumidos antes do reencarne estão sendo cumpridos, porque o
único e maior objetivo que temos na presente existência é de edificar em nós o
Bem.
Para esse desiderato, acertamos de forma
pessoal e intransferível com o Cristo, um mandato de renovação.
Nosso compromisso é o de nos conhecermos
melhor, conformando nossa vida com a Vontade de Deus, de nos reformarmos
intimamente e nos tornarmos homens e mulheres de Bem, edificando dentro de nós
o Belo, o Bem e a Justiça.
Infelizmente, papai Noel ainda é mais
importante que o Cristo. O Cristo ainda se encontra desvalorizado e esquecido
dentro de nós.
Nossas mesas estão fartas e se fala
muito de solidariedade, mas não se tem sensibilidade ainda com a dor alheia.
Nos falta consciência, falamos muito,
mas ainda não sentimos a fraternidade pulsar o coração. Estamos reféns e
prisioneiros das aparências, do materialismo, dos cultos exteriores, do
consumismo, colocando em segundo lugar o Reino do Espírito, o Reino de Deis.
Os interesses espirituais ainda não tem
vez nem voz em nossos corações.
Qual o verdadeiro sentido do Natal?
Deve ser o de autoconscientização,
buscando a comunhão com os valores do Bem, ligados aos interesses do Espírito e
da vida imortal, porque a Terra, para os encarnados, é apenas um curso de
pequena duração e ninguém fica na Escola a existência inteira, um dia voltamos
para Casa para avaliar os deveres realizados.
O que nos atrai não são as boas ideias,
mas os interesses.
A Doutrina do Cristo, cheia de boas ideias,
está conosco a mais de dois mil anos e não mudamos o suficiente. Infelizmente,
ainda não fomos atraídos por esses ideais. Mas a medida que evoluímos pelo
estudo, pelo amor e pela dor, mudam os nossos interesses e vamos crescendo;
Quanto mais sepultamos as nossas
vaidades, o nosso orgulho e o nosso egoísmo, mais somos atraídos pela luz do
Cristo e nos tornamos felizes.
O que representa a Estrela de Belém para
os Espíritas: representa a Luz Protetora dos Planos Superiores, resumindo uma
Infinidade de Espíritos Luminares que vieram assistir e dar o suporte ao Cristo
em sua tarefa de orientação e exemplos para todos nós.
Será que lembramos dos companheiros que
estão nas zonas umbralinas no Natal?
Como se sentem esses Irmãos?
A espiritualidade nos ensina, pelas
penas de Chico Xavier, que alguns nem sabem dessa data ou comemoração. Outros,
que se encontram em situações melhores, sentem-se extremamente tristes por
estarem afastados dos seus familiares; outros ainda vivem refletindo e
lamentando as oportunidades perdidas e sofrendo a dor da saudade e da separação
em razão da resistência e da rebeldia em não aceitar o processo de mudança e
transformação no caminho do Bem.
A falta de Reforma íntima nos afasta de
quem amamos.
Muitos filhos, maridos, esposas, demoram
a encontrar-se na erraticidade, em razão do mau direcionamento do livre
arbítrio, tendo em vista seus investimentos no mundo material, nas fantasias,
nas ilusões, em detrimento do sentido real da própria existência. A fuga no
enfrentamento dos desafios ou o desprezo de buscar a prática das lições do bem
nos causa muita dor moral.
NATAL é isso aí, renovação permanente.
Todo segundo é hora de mudar para
melhor, Amando, Servido e passando nesta vida com trabalho no Bem, na
Solidariedade, na Tolerância, com muita Fraternidade.
E então? Vamos pensar nisso?
E então? Vamos pensar nisso?
Fonte: http://www.forumespirita.net/
(A.D.)
(A.D.)
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