Conclusão?
Humberto de Campos
desenvolveu ao longo dos anos uma característica marcante em seus escritos de
modo geral. Era o tom irônico e sarcástico, explorando a credulidade dos
homens, construindo sátiras do religiosismo e da fé alheia. Coisas que havia
abandonado durante os anos em que esteve desenvolvendo suas habilidades
literárias, consumindo incansavelmente diversos autores. Tinha
sido fortemente influenciado neste sentido.
Verificamos que nos últimos anos de
sua vida, viu-se como mais um ator fracassado na tragédia da vida humana, tendo
deteriorado sua saúde, e mentalmente desgastado, escrevendo mais por obrigação
do que por prazer para uma classe de leitores ávidos pela desgraça alheia,
começou a dar abertura a ideias menos materialistas; talvez uma forma de
alimentar qualquer esperança futura.
Tornou-se refém de si
mesmo e de sua situação, escreveu seus últimos artigos tratando quase que
exclusivamente do seu infortúnio. Situação que lhe rendeu duras críticas e
acusações de um talento esgotado e batido.
Desencarnado, causou muita confusão
no meio Espírita pelo conteúdo excessivamente religioso de suas crônicas de além-túmulo, que
iam diametralmente contra sua postura enquanto vivo. Uma repercussão sem
precedentes e um sucesso estrondoso entre as massas, levou sua família a
processar Chico Xavier, alegando o direito do espólio das obras vendidas. O que
levou Humberto a assinar seus próximos volumes como Irmão X. Em entrevista,
Humberto Filho explica o que teria acontecido nesta época.
Fonte: http://jornalcienciaespirita.spiritualist.one/
Por: Laura Lins
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