O Evangelho e a mulher
Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus
próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Paulo. (Efésios, 5:28.)
Muita vez, o
apóstolo dos gentios tem sido acusado de excessiva severidade para com o
elemento feminino. Em alguns trechos das cartas que dirigiu às igrejas, Paulo
propôs medidas austeras que, de certo modo, chocaram inúmeros aprendizes.
Poucos discípulos repararam, na energia das palavras dele, a mobilização dos
recursos do Cristo, para que se fortalecesse a defesa da mulher e dos
patrimônios de elevação que lhe dizem respeito.
Com Jesus,
começou o legítimo feminismo. Não aquele que enche as mãos de suas expositoras
com estandartes coloridos das ideologias políticas do mundo, mas que lhes traça
nos corações diretrizes superiores e santificantes.
Nos ambientes
mais rigoristas em matéria de fé religiosa, quais o do Judaísmo, antes do
Mestre, a mulher não passava de mercadoria condenada ao cativeiro. Vultos
eminentes, quais Davi e Salomão, não conseguiram fugir aos abusos de sua época,
nesse particular.
O Evangelho,
porém, inaugura nova era para as esperanças femininas. Nele vemos a consagração
da Mãe Santíssima, a sublime conversão de Madalena, a dedicação das irmãs de
Lázaro, o espírito abnegado das senhoras de Jerusalém que acompanham o Senhor
até o instante extremo. Desde Jesus, observamos crescente respeito na Terra
pela missão feminil. Paulo de Tarso foi o consolidador desse movimento
regenerativo. Apesar da energia áspera que lhe assinala as palavras, procurava
levantar a mulher da condição de aviltada, confiando-a ao homem, na qualidade
de mãe, irmã, esposa ou filha, associada aos seus destinos e, como criatura de
Deus, igual a ele.
Fonte: Livro “Pão Nosso” – Item 93
Autor: Emmanuel – Psicografado por Chico Xavier
Autor: Emmanuel – Psicografado por Chico Xavier
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