O Batismo:
Sabia que João Batista era primo de Jesus em segundo grau? Seus pais,
Isabel e Zacarias, eram primos de Maria de Nazaré.
João nasceu seis meses antes de Jesus. Foi o grande precursor da
vinda do Cristo. Preparou os caminhos para atuação de Jesus. João, o Batista –
que batizava com a água, no Rio Jordão. Jesus pediu ao Batista para batizá-lo.
Era preciso. Para cumprir o costume e para que Jesus ficasse conhecido
pela multidão. Pois, a partir dali, teria início a sua vida messiânica. João
deixou claro que ele batizava pela água, mas que Jesus iria batizar pelo
Espírito e com o fogo. E esse é o batismo do espírita. Quando se acredita,
segue e afeiçoa-se a uma ideia, a uma filosofia ou a uma religião, já se está
batizado perante elas. Não é preciso mergulhar a cabeça nas águas de um rio
para dizer que está batizado.
O Batismo de Fogo (diz
Paulo Alves Godoy, no livro Casos Controvertidos do Evangelho –Edições
FEESP, capítulo: Batismo) é uma difícil fase da vida do ser humano. O
arrependimento sincero de seus erros e transgressões de vidas passadas é a fase
preparatória para o Batismo de Fogo, o qual acontece quando ele inicia uma luta
pela sua renovação, reparando os males cometidos em outras vidas. É quando,
também, dá demonstração de seu propósito de reformar-se interiormente.
Simbolicamente, significa esterilizar-se das contaminações contraídas no
decurso de suas várias encarnações.
O Batismo pelo Espírito é a
constância na prática do Bem, com a consequente evolução moral, obtendo, por
mérito, o reconhecimento do Plano Espiritual Superior. É quando o indivíduo
consegue sintonia com o Mundo Maior, como sucedeu com os apóstolos de Jesus, no
Dia de Pentecostes. Isso é conseguido, através de um árduo Batismo de Fogo,
quando ele luta, sem esmorecimento, num longo aprendizado, vencendo as
provações e se aprimorando espiritualmente.
Jesus desceu à Terra, a fim de submeter todos os seus irmãos, filhos de
Deus, ao Batismo de Fogo e do Espírito, pois, somente assim, todos os homens e
mulheres atingirão a reforma interior, o que, aliás, foi o objetivo básico do advento
do Cristo, na Terra.
Como o fogo, que queima, este batismo de fogo marca indelevelmente o
adepto do Espiritismo. Pelas suas atitudes, pelo seu procedimento, pelas suas
ações, é verdadeiro e sincero, tocado, no coração, pelo que
inabalável se lhe torna a fé. Como o que constrói sua casa sobre a rocha e
não sobre a areia, ele se sustenta na fé racional, inabalável e inquebrantável,
que a Doutrina Espírita lhe dá. Pois a Fé inabalável só o é a que pode
encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
O batismo que o espírita deve proporcionar à criança é o da
educação religiosa segundo os postulados espíritas. Emmanuel formula,
através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, a Oração da
Criança, que mostra o que os pequeninos esperam de nós, pais e
educadores:
“Amigo:
Ajuda-me
agora, para que eu te auxilie depois.
Não me
relegues ao esquecimento, nem me condenes à ignorância ou à crueldade.
Venho
ao encontro de tua aspiração, do teu convívio, de tua obra...
Em tua
companhia estou na condição da argila nas mãos do oleiro.
Hoje,
sou sementeira, fragilidade, promessa... Amanhã, porém, serei tua própria
realização.
Corrige-me,
com amor, quando a sombra do erro envolve-me o caminho, para que a confiança
não me abandone.
Protege-me
contra o mal.
Ensina-me
a descobrir o bem, onde estiver.
Não me
afastes de Deus e ajuda-me a conservar o amor e o respeito que devo às pessoas,
aos animais e às coisas que me cercam.
Não me
negues tua boa vontade, teu carinho e tua paciência. Tenho tanta necessidade do
teu coração, quanto a plantinha tenra precisa da água para prosperar e viver.
Dá-me
tua bondade e dar-te-ei cooperação.
De ti
depende que eu seja pior, ou melhor, amanhã".
Fonte: http://www.oconsolador.com.br
Autor: ALTAMIRANDO CARNEIRO
Autor: ALTAMIRANDO CARNEIRO
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