Não Resistais ao Mal (Parte 2)

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De acordo com O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, capítulo IX, item 8, a resignação pode ser definida como o consentimento do coração. E uma aceitação da realidade, sem revolta, lamentação ou sensação de estar sendo vítima, pelo contrário, é uma demonstração de coragem e de fé diante da dificuldade vivenciada.
Jesus já nos alertava com relação à melhor postura a ser adotada diante dos embaraços: Aprendestes que foi dito: olho por olho e dente por dente. – Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal que vos queiram fazer; que se alguém vos bater na face direito, lhe apresenteis também a outra; - e que se alguém quiser pleitear contra vós, para vos tomar a túnica, também lhe entregueis o manto; - e que se alguém vos obrigar a caminhar mil passos com ele, caminhai mais dois mil. – Dai àquele que vos pedir e não repilais aquele que vos queira tomar emprestado. (Mateus, 5:38-42)
Muitos, ao se depararem com a ideia de não resistir ao mal, indignaram-se por acreditar haver nessa recomendação a presença da covardia, do comodismo ou, ainda, da cumplicidade com o mal. Mas a verdadeira interpretação, aquela que condiz com toda a filosofia de vida proposta por Jesus, refere-se ao fato de não gastarmos energias nos opondo a algo que foge de nosso limite de ação.
Não resistir ao mal significa deixa-lo passar por nós e ir embora, aceitando a ocorrência. Quanto maior resistência, mais duradouro será o sofrimento. É como uma criança que recebe a recomendação de relaxar diante de uma injeção medicamentosa curadora, porque, quanto mais ela lutar e se opuser, mais dor sentirá.
O Espiritismo também nos ajuda com relação à resignação, pois nos esclarece que jamais somos vítimas, a não ser de nós mesmos. A reencarnação nos assegura que os sofrimentos vivenciados estão relacionados com nossas más escolhas passadas. A Lei de Causa e Efeito nos alerta quanto ao fato de que somos responsáveis pelas escolhas que fazemos. Dessa forma, a resignação diante da dificuldade é uma forma de aceitarmos nossa responsabilidade e de mostrarmos que estamos de acordo com as Leis Divinas.
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Fontes: Revista Presença Espírita.
Autor: Cristiane Maria Lenzi Beira
Por: Laura Lins

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