Maternidade
“Ensinarás a voar, mas não
voarão o teu voo. Ensinarás a sonhar, mas não sonharão o teu sonho. Ensinarás a
viver, mas não viverão a tua vida. Ensinarás a cantar, mas não cantarão a tua
canção. Ensinarás a pensar, mas não pensarão como tu. Porém, saberás que cada
vez que voem, sonhem, vivam, cantem e pensem, estará a semente do caminho
ensinado e aprendido” (Madre Teresa de Calcutá).
Com a doçura das palavras de
Madre Teresa de Calcutá, hoje entenderemos um pouco da visão espírita acerca da
maternidade. Quando se olha uma mãe e suas atitudes para com seus filhos, vê-se
nitidamente um amor incondicional sendo exercido, amor este que é o que chega
mais perto do exemplo que nos foi dado pelo nosso Mestre Jesus.
O Livro dos Espíritos, na
questão 890, pergunta: “Será uma virtude o amor materno, ou um sentimento
instintivo, comum aos homens e aos animais”? Ao que os espíritos respondem:
“Uma e outra coisa. A natureza deu à mãe o amor a seus filhos no interesse da
conservação deles. No animal, porém, esse amor se limita às necessidades
materiais; cessa quando desnecessário se tornam os cuidados. No homem, persiste
pela vida inteira e comporta um devotamento e uma abnegação que são virtudes.
Sobrevive mesmo à morte e acompanha o filho até no além-túmulo. Bem vedes que
há nele coisa diversa do que há no amor do animal”.
Sendo assim, estabelece-se a
diferenciação entre o amor maternal humano e o dos outros animais. Enquanto
neste ele cessa com o crescimento da prole, naquele ele perdura durante uma
vida inteira, demandando abnegação e extremo devotamento, não cessando nem com
o desencarne dos filhos.
E quão sublime é ver uma mãe em
suas variadas nuances.
Há mães que amam demais, a
ponto de sufocarem seus filhos...
Outras amam, mas sabem o
momento de deixa-los ir...
Algumas mimam muito e acabam
enfraquecendo os filhos para a caminhada na vida terrena...
E há também, como conhecemos
dentro da Doutrina, mães que maltratam os filhos, num claro exercício de
resgate, que deveria ser de amor e, por vezes, não o é, conforme demonstra o
Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XIV, item 8, ao dizer que “há
espíritos que se sentem completamente estranhos uns aos outros, separados por
antipatias igualmente anteriores, que se traduzem da mesma forma por seu
antagonismo na Terra, para lhes servir de prova”. Algumas falham em sua missão,
acumulando mais débitos para existências futuras.
Entretanto, na grande maioria
vê-se que ser mãe, é ser um canal do amor de Deus, já que é um amor sublime, e
por vezes, penoso. As responsabilidades trazidas pela maternidade são grandes,
demandando o ensino e acompanhamento de todos os caminhos a serem trilhados
pelos filhos ao longo da vida. Há que se abdicar de muitas coisas pessoais para
ser mãe. Mãe é dedicação, é amor. “Ser mãe é missão de graves responsabilidades
e de honra. É gozar do privilégio de receber nos braços Espíritos do Senhor e
conduzí-los ao bem. Enquanto haja mães na Terra, Deus estará abençoando o homem
com a oportunidade de alcançar a meta da perfeição que lhe cabe, porque a mãe é
a mão que conduz, o anjo que vela e a mulher que ora, na esperança de que os
seus filhos alcancem a paz” (CD Momento Espírita, v. 5 e Livro Momento
Espírita, c 1, ed. Fep, em 19/10, 2011).
Aos filhos, amem suas mães!
Às mães, obrigada por nos aceitarem
como seus filhos e encarnarem tão importante missão. À vocês, deixamos linda
mensagem de Meimei, com o coração cheio de amor e gratidão, utilizando-nos de
suas palavras, para expressar aquilo que vocês são.
“Deus de infinita bondade!
Pusestes astros no céu e flores
na haste agressiva... A mim deste os filhos e, com os filhos, me deste o amor
diferente, que me rasga as entranhas, como se eu fosse roseira espinhosa, que
mandasse carregar uma estrela!
Aceitaste minha fragilidade a
teu serviço, determinando que eu sustente com a maternidade o mandato da vida;
entretanto, não me deixes transportar, sozinha, um tesouro assim tão grande!
Dá-me forças, para que te compreenda os desígnios; guia-me o entendimento, para
que a minha dedicação não se faça egoísmo; guarda-me em teus braços eternos,
para que o meu sofrimento não se transforme em cegueira.
Ensina-me a abraçar os filhos
das outras mães, com o carinho que me insuflas no trato daqueles de que
enriqueceste minh’Alma!
Faze-me reconhecer que os
rebentos de minha ternura são depósitos de tua bondade, consciências livres,
que devo encaminhar para a tua vontade e não para os meus caprichos. Inspira-me
humildade para que não se tresmalhem no orgulho por minha causa.
Concede-me a honra do trabalho
constante, a fim de que eu não venha precipitá-los na indolência! Auxilia-me a
quere-los sem paixão e a servi-los sem apego.
Esclarece-me para que eu ame a
todos eles com devotamento igual.
No entanto, Senhor, permite-me
inclinar o coração, em teu nome, por sentinela de tua benção, junto daqueles que
se mostrarem menos felizes! Que eu me veja contente e grata se me puderem
oferecer mínima parcela de ventura, e que me sinta igualmente reconhecida se,
para afaga-los, for impelida a seguir nos caminhos do tempo, sobre longos
calvários de aflição!
E no dia em que me caiba
entrega-los aos compromissos que lhes reservaste, ou a restituí-los às tuas
mãos, dá que, ainda mesmo por entre lágrimas, possa eu dizer-te, em oração, com
a obediência da excelsa Mãe de Jesus: “Senhor, eis aqui tua serva” Cumpra-se em
mim, segundo a tua palavra” (Meimei, por Chico Xavier).
Muito amor e paz a todos nós!
Fonte: www.momento.com.br
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