Mulher:
Há
mulheres que são especiais.
Em dadas circunstâncias, parecem princesas ou mesmo rainhas,
pois encantam, fascinam e mostram ter poderes de tal modo expressivos, diante
dos quais dobramos a cerviz.
Há ocasiões em que são como administradoras ou economistas,
quando se põem a organizar a vida do lar, seus movimentos e despesas, tudo
aquilo que se compra e o que se põe na mesa, para a fruição de todos.
Conseguem, muitas vezes, ajuntar alguma quantia que sobra para momentos mais
difíceis.
Quantas vezes se mostram como agentes de disciplina? Alteiam
a voz, como quem dá voz de comando, ordenam, impactam com o tipo de inflexão
que utilizam, e põem, dessa maneira, tudo e todos em seus devidos lugares,
dentro de casa.
São quais colegas, quais colegiais, variadas vezes.
Envolvem-se com os petizes, brincam, jogam com eles; riem-se deles e com eles,
até o momento justo de estancar a brincadeira.
Mulheres há que se tornam médicas ou enfermeiras, diante das
necessidades dos seus filhos. Acolhem-nos, preparam-lhes poções e chás
diversos, e, muitas vezes contrariando as instruções formais, dão-lhes xaropes
e pastilhas. Se enfermos, banham-nos, põem-nos em seus leitos, recobrem-nos,
acalentam e vigiam, dias ou noites, dias e noites, até que retornem à saúde.
Mas, dentre essas mulheres incríveis, especiais de verdade,
temos aquelas que reúnem todas essas habilidades: são mestras, são agentes
disciplinares; são administradoras e economistas, enfermeiras, psicólogas, são
médicas. São cozinheiras, lavadeiras, artesãs e fiandeiras. Conseguem ser
governantas, serviçais e chegam a ser santas.
Essas almas geniais de mulher são alimentadas pelo estranho
ideal de sempre entender, de atender e de sempre servir. São companheiras
próximas dos anjos, são servidoras de Deus e mensageiras da vida. São nossas
fãs, amigas extremadas para quem nunca há nada impossível, quando se trata de
atender-nos, de alegrar-nos, de ajudar-nos.
São mulheres sem igual. Perfumam como flores, são ardentes
como a chama e brilham como estrelas. Nada obstante todos os encômios que lhes
possamos dirigir, o que é mais tocante, mais comovente, é saber que uma dessas
mulheres, incumbidas por Deus para mudar o mundo, ajudando-o a ser melhor, a
ser um campo bom de se viver, tem uma missão particular.
Há uma mulher para quem o Criador entregou a missão de
cuidar-me, de fazer-me estudar para entender, de ensinar-me a orar e a crescer,
a respeitar a todos e a servir para o bem. Essa mulher é um encanto em minha
vida, e não há ninguém que se lhe assemelhe. Ao vê-la, marejam-se-me os olhos e
bate forte o meu coração. Ela é tal qual amálgama de ouro e brilhante. Ela é,
por fim, a luz que torna meu caminho cintilante. É aquela a quem chamo de minha
mãe.
(Médium: Raul
Teixeira - Autor: Ivan de Albuquerque)
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