#3 - Semana do Estudo Bíblico:
As igrejas católicas e protestantes reuniram a esse livro os Evangelhos de Jesus, dando a estes o nome geral de Novo Testamento.
O Evangelho, como se costuma designar o Novo Testamento, não pertence de fato à Bíblia. É outro livro, escrito muito mais tarde, com a reunião dos vários escritos sobre Jesus e seus ensinos. O Evangelho é a codificação da segunda revelação cristã. Traz uma nova mensagem, substituindo o deus-guerreiro da Bíblia pelo deus-amor do Sermão da Montanha. No Espiritismo não devemos confundir esses dois livros, mas devemos reconhecer a linha histórica e profética, a linhagem espiritual que os liga. São, portanto, dois livros distintos.
A antiga religião hebraica é geralmente conhecida como Mosaísmo, porque surgiu e se desenvolveu com Moisés. A nova religião dos Evangelhos é designada como Cristianismo, porque vem do ensino do Cristo. Mas, assim como nas páginas da Bíblia lado o advento do Cristo, também nas páginas do está anunciado o advento do Espírito de Verdade. Este advento se deu no século passado, com a terceira e última revelação cristã, chamada revelação espírita. Cinco novos livros aparecem, então, escritos por Kardec, mas ditados, inspirados e Orientados pelo Espírito de Verdade e outros Espíritos Superiores.
Os cinco livros fundamentais do Espiritismo, que têm como base O Livro dos Espíritos, representam a codificação da terceira revelação. Essa revelação se chama Espiritismo porque foi dada pelos Espíritos. Sua finalidade é esclarecer os ensinos anteriores, de acordo com a mentalidade moderna, já suficientemente arejada e evoluída para entender as alegorias e símbolos contidos na Bíblia e no Evangelho. Mas enganam-se os que pensam que a Codificação do Espiritismo contraria ou reforma o Evangelho.
Fonte: Visão Espírita da Bíblia, J. Herculano Pires, Bíblia e Evangelho.
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