Meio Ambiente e Espiritismo?

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Alguns jovens mandaram dúvidas sobre a ligação do meio ambiente com o espiritual, e claro, não poderíamos deixar de esclarecer. Selecionamos 10, isso mesmo que vocês leram jovens, 10 perguntas para que uma amiga do Mundo Jovem Espírita responde-se com base espírita e base profissional. Sendo assim, iremos postar por dia 2 dúvidas com seus respectivos esclarecimentos.

Maysa Melo, é, Sanitarista Ambiental formada pelo Instituto Federal de Sergipe com pesquisas na área de Licenciamento Ambiental pelo CNPQ. Cursos de Formação para Educador pelo CDI/SP; Educação Ambiental – SENAI; Estudos Ambientais – UNIT; Elaboração de Projetos Sociais – SENAC; Trabalhos publicados no X Congresso Nacional de Meio Ambiente - 2013, em Poços de Caldas/MG. Trabalho voluntário: Palestra e oficinas para grupos de jovens e comunidades; Responsável técnica por editais e elaboração de projeto pelo Instituto de Preservação a Natureza Canto Vivo.

Ah, lembrando que tiveram perguntas parecidas ou apenas com nomenclaturas diferentes, porém com a mesma finalidade, tendo também perguntas NACIONAIS e INTERNACIONAIS, sendo assim vamos começar, nada mais nada menos, que pelas Nacionais!

  • Como conciliar com a saúde do corpo a energia retirada do meio ambiente já que a maioria dos seres humanos condiciona-se a se alimentar de produtos industrializados ou de origem animal?
    (FERNANDO, cidade de Aracaju, Estado de Sergipe)

    Primeiramente temos que esclarecer que nesta esfera “não é possível viver sem consumir” e tudo que consumimos é retirado da natureza. O nosso dia a dia necessita deste consumo para vestir-se, trabalhar e comer. O que se estabelece como excesso “o consumismo” é que é desnecessário.

    O consumo de produtos industrializados e de origem animal possui diversas controvérsias no meio espírita, segundo Kardec na questão 724 do Livro dos Espíritos, onde questiona a espiritualidade –“Será meritório abster-se o homem da alimentação animal, ou de outra qualquer, por expiação?”. A espiritualidade responde - Sim, se praticar essa privação em benefício dos outros”. Já na questão 723 encontramos a reflexão que “a carne nutre a carne”, do contrario o homem se debilita.

    André Trigueiro no seu livro Espiritismo e Ecologia (pag.35 - 36) pondera que a evolução é uma escada cujos degraus precisamos suportar e que a evolução de outros seres, como nós, tem o mesmo direito de existir e seguir na escala evolutiva. Enquanto a alimentação humana ainda necessitar do abate de animais para manter o corpo, que este seja feito de forma ética com procedimentos sem crueldade e se eliminado ao máximo a dor e o sofrimento deste animal.

    Chico Xavier na famosa entrevista do programa Pinga Fogo disse: “Se nós estamos ainda subordinados à necessidade de valores protéicos que recebemos da carne, nós não devemos entrar em regimes vegetarianos de um dia para outro e sim educar o nosso organismo para realizarmos essa adaptação”.

    Dispensar o consumo de carne e produtos industrializados é possível sempre com ajuda profissional e de maneira gradativa. Alguns relatos mediúnicos apontam que comer carne é um atraso espiritual, mas na minha humilde opinião deve-se levar em consideração que cada indivíduo passa por um processo evolutivo único e pessoal.

    O consumo abusivo de carne de forma exagerada feita a partir de animais abatidos com crueldade e sofrimento, não fará bem a evolução espiritual de nenhum ser. Deve se pensar em consumo consciente, na real necessidade deste consumo e se é possível abster-se neste momento evolutivo deste tipo de alimentação.

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  • O que leva o ser humano, dotado de raciocínio, a destruir aquela que lhe mantém, a natureza? Será que o progresso com a perca do instinto causará sua destruição?
    (VALFRAN, cidade de Aracaju, Estado de Sergipe)

    O progresso realizado sem a preocupação em conservar os recursos naturais nós levou a chamada “crise ambiental”, sempre ouvimos a expressão “o acaso não existe” e que tudo que sofremos é “consequência de nossas ações”.

    O que leva o ser humano a destruição e a ausência do entendimento que o planeta é muito mais resistente que nós, na verdade, não é o planeta que precisa ser salvo, mas nós. O planeta vai continuar existindo e sem a presença humana.

    Para tentar remediar uma possível destruição dos seres humanos estão entre nós espíritos mais evoluídos e que nos orientam a reverter esse quadro, não é por acaso que a partir da década de 70 eclodiram tantos movimentos ambientais. Estamos sendo guiados a mudar nossa relação com o planeta, a evoluir fisicamente e espiritualmente.

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