Ação Social na Doutrina Espírita?

O objetivo deste estudo é refletir sobre a ação social. Sendo assim, a nossa peça oratória comportará uma visão histórica do termo, a estruturação da Assistência Social no Centro Espírita Ismael e os subsídios que a Doutrina Espírita nos oferece para praticá-la a contento.

CONCEITO

Assistência – do lat. Assistentia. Ato ou efeito de assistir a alguma coisa.

Assistência Social – Conjunto de medidas – reforço alimentar, creche, serviços de saúde etc – através das quais o Estado procura atender a certas necessidades das pessoas que normalmente não dispõem de meios para fazer frente a elas, ainda que em nível mínimo. (Dicionário de Ciências Sociais)

Voluntário – Segundo definição das Nações Unidas, “o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte de seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social, ou outros campos...”

HISTÓRICO

O fato de na antiguidade não haver asilos nem orfanatos como os encontramos hoje, não é motivo para afirmarmos que a Assistência Social não existia. Registros históricos mostram que os Egípcios – 5000 anos a.C. – respeitavam o próximo e reverenciavam os mortos, os Babilônios – 3000 anos a.C. – dispensavam consolo aos aflitos e não separavam os casais de escravos, os Hindus (na pessoa de Buda) – 600 anos a.C. – ensinavam por parábolas a tolerância, a igualdade e a bondade e os Chineses (pela influência de Confúcio) – 600 anos a.C. – ensinavam a bondade e a lealdade, a fim de se alcançar um ideal superior.

Afigura-se que somente depois da aceitação do Cristianismo como religião legal é que os povos do passado trataram de organizar instituições de assistência com caráter oficial e permanente. Com Jesus Cristo a assistência resplandece em cada ato, como está gravado nas páginas do Evangelho, abrangendo o tríplice sentido de universalidade:

1) alcança a todos os homens: escravos, inimigos e perseguidos;

2) estende-se além do campo material, atendendo também às necessidades morais e espirituais, visando ao mesmo tempo o corpo e a alma;

3) penetra todas as instituições, dilatando o conceito de justiça e de fraternidade.

O Evangelho de Jesus dá a base para a verdadeira caridade e amplia o conceito de amor ao próximo, conforme se depreende dos ensinos: O Bom Samaritano (Lucas X: 25-37); “Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei também a eles...” (Mateus VII:12); “Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem.” (Lucas VI:31); O que é necessário para salvar-se (Mateus XXV:31-46); O amor aos inimigos (Mateus V:43-47; Lucas VI:32-36).

Com o surgimento da Revolução Industrial (séc. XVIII), o Capitalismo (séc. XIX) e os avanços da globalização na época atual, em que muitos empregos e ocupações foram se extinguindo, o desemprego passou a imperar e com ele a necessidade daqueles que têm mais auxiliar os que têm menos.

O Espiritismo, com Allan Kardec, traz nova luz à tarefa assistencial, realçando a responsabilidade de seus seguidores pelo preceito “Fora da Caridade não há Salvação”

A primeira campanha promovida por entidade espírita de que se tem notícia foi realizada por Kardec através da Revista Espírita (janeiro de 1863) com o objetivo de arrecadar recursos para socorrer os operários de Rouen, França, vitimados por rigoroso inverno. Graças às doações recebidas foi possível levar alguma tranquilidade a inúmeras famílias em provação.

Fonte: http://www.ceismael.com.br/

Por: Matheus Henrique

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