O que é a Doutrina Espírita?
Para começar a falar de
Espiritismo, vamos esclarecer que o termo foi usado pela primeira vez por
Allan Kardec na obra O Livro dos Espíritos.
Antes disso,
usavam-se termos como Espiritualismo e Neo-Espiritualismo e, embora os fatos
espíritas sempre tenham existido, eram interpretados das mais diversas
maneiras, muitas delas sob o prisma do misticismo, da superstição e do
sobrenatural.
Para obter a
resposta mais completa à pergunta acima formulada, é necessário que se recorra
ao O Livro dos Espíritos, que é o próprio delineamento, núcleo central e, ao
mesmo tempo, arcabouço geral da Doutrina Espírita.
Examinando
este livro, em relação às demais obras de Kardec que completam a Codificação,
veremos que todas elas partem das bases de O Livro dos Espíritos. As ligações
de conteúdo entre esses livros, quais sejam, O Evangelho Segundo o Espiritismo,
O Livro dos Médiuns, A Gênese, O Céu e o Inferno, deixam perceber que a
Codificação se apresenta como um todo homogêneo e consequente.
Após 150 anos
de sua publicação, O Livro dos Espíritos continua sendo tão sólido e atual como
nos primeiros dias, sem ter sido abalado pelo progresso tecnológico das
ciências materiais do mundo porque, como diz Kardec, o Espiritismo é uma
doutrina progressista e aberta.
É Ciência,
porque se trata de um conjunto organizado de conhecimentos relativos a certas
categorias de fatos ou fenômenos analisados empiricamente, catalogados e
relatados por seus pesquisadores, representado pelo O Livro dos Médiuns. Diz
Kardec, “a fé sólida é aquela que pode encarar a razão, face a face.”
É Filosofia,
quando, inserido no contexto filosófico tradicional, embora de cunho
evolucionista e metafísico, pontua a necessidade do homem ir em busca de seu
autoburilamento, estimulando-o à averiguação de respostas às questões magnas da
Humanidade: sua natureza, sua origem e destinação, seu papel perante a Vida e o
Universo. Diz Kardec, “nascer, viver, morrer e renascer de novo, progredindo
sempre, tal é a lei.”
É Religião,
porque tem o dom de unir os povos em um ideal de fraternidade, preconizado por
Jesus de Nazaré, permitido, dessa forma, que o homem se encontre com o próprio
Criador. Diz Kardec, “fora da caridade não há salvação.”
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