7 de setembro

Na obra Brasil Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, no capítulo que trata da Independência do Brasil, o espírito Humberto de Campos, pelas mãos de Chico Xavier, relata os acontecimentos no mundo espiritual antes mesmo do inesquecível grito às margens do Ipiranga. Segundo o autor, o espírito Ismael -zelador do Brasil - em reunião no Grande Além, reconheceu que (…) A independência do Brasil já se encontrava definitivamente proclamada desde 1808. Mas era necessária uma data que assinalasse aos pósteros essa liberdade indestrutível. É assim que designa o espírito que foi na Terra Tiradentes - martirizado há alguns anos pela grande causa - para acompanhar D. Pedro em seu regresso ao Rio e auxiliá-lo no grito supremo da liberdade.

Tiradentes, então, acompanhou o príncipe de volta ao Rio de Janeiro. Um correio providencial leva ao conhecimento de D. Pedro as novas imposições das Cortes de Lisboa e ali mesmo, nas margens do Ipiranga, quando ninguém contava com essa última declaração sua, ele deixa escapar o grito de “Independência ou Morte!”, sem suspeitar de que era dócil instrumento de um emissário invisível, que velava pela grandeza da pátria.

Eis por que o 7 de Setembro, com escassos comentários da história oficial que considerava a independência já realizada nas proclamações de 1° de agosto de 1822, passou à memória da nacionalidade inteira como o Dia da Pátria e data inolvidável da sua liberdade. Esse fato, despercebido da maioria dos estudiosos, representa a adesão intuitiva do povo aos elevados desígnios do mundo espiritual.

Fonte: Revista O Verbo
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